Hospital Regional só deve funcionar plenamente em 2020

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Diferentemente do que havia sido confirmado até agora, os prazos para a abertura do segundo ambulatório e do pleno funcionamento do Hospital Regional Centro, em Santa Maria, mudaram. Inicialmente previsto para começar a operar entre 60 e 90 dias após a abertura do Ambulatório Especializado em Doenças Crônicas, que foi inaugurado em 9 de julho, o Ambulatório de Reabilitação deve funcionar somente daqui a um ano. Já a abertura total do complexo hospitalar, que demorou quase dois anos para abrir as portas, ficou para 2020, quatro anos após o término da obra.

A informação foi confirmada pelo Instituto de Cardiologia (IC), que faz a gestão do Regional. De acordo com o superintendente adjunto do IC, Aramy Pereira da Silva, os novos prazos foram acordados junto à Secretaria Estadual de Saúde (SES).

- Quando nós começamos a tratar com o Estado, esse primeiro ambulatório era para ser mais amplo, mas, depois, ouve uma mudança de planos e ficou decidido que seria restrito a diabetes e hipertensão. O segundo ambulatório, de reabilitação, que seria aberto agora, ficou para depois, dentro de um ano mais ou menos, porque é necessária a abertura de leitos de longa permanência para casos que precisem de internação. Num terceiro momento, coisa de dois anos mais ou menos, inicia-se, então, a abertura do hospital, de todos os leitos - disse Silva.

O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, diz ter sido surpreendido com os novos prazos:

- Esse é um dado novo e, com absoluta certeza, nem eu, nem os outros prefeitos da região concordamos. Estamos sendo pegos de extremada surpresa e, com certeza, faremos essa cobrança ao hospital.

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O Termo de Convênio, assinado entre a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC) e o governo do Estado em 11 de junho, não menciona, em momento algum, a abertura dos outros ambulatórios, nem mesmo traz previsões de abertura dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta, pediátrica e neonatal. O documento, que contempla apenas a implantação do ambulatório de doenças crônicas, tem prazo de vigência de um ano, podendo ser renovado.

Ainda em relação aos leitos, Silva afirma que o Plano Operativo, elaborado pelo Grupo Sírio-Libanês (SP) e custeado pelo Ministério da Saúde no valor de R$ 5,9 milhões, apontou a viabilidade de implementação de 220 leitos. No entanto, o Instituto trabalha atualmente com a projeção de 230 leitos. Enquanto isso, os pacientes da região que necessitam de internação continuam sendo encaminhados para a Casa de Saúde e para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).

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O Diário entrou em contato com a assessoria de comunicação da SES para uma entrevista com o secretário estadual de Saúde, Francisco Paz, mas, até o fechamento desta edição, a equipe de reportagem não teve retorno, nem por e-mail, nem por telefone.

AMBULATÓRIO

Em relação aos serviços feitos pelo ambulatório de doenças crônicas, Silva afirma que os aparelhos necessários para a realização de exames, como os de radiografia, tomografia, ecocardiografia e teste ergométrico, devem começar a ser instalados na semana que vem. Por enquanto, tanto os exames laboratoriais quanto os de imagem estão sendo feitos em clínicas e laboratórios da cidade, até que o local passe pelas adequações necessárias na estrutura elétrica.

Segundo o superintendente, ainda há algumas adaptações a serem feitas, inclusive as recomendações do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Atualmente, 36 funcionários atuam no ambulatório do Regional, além dos terceirizados. No entanto, o quadro ainda não está completo, e cerca de mais 30 profissionais devem ser contratados, conforme a demanda dos atendimentos diários aumentem.

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Para esta semana, 58 pacientes foram agendados, o que deve gerar cerca de 400 consultas com a equipe multiprofissional do hospital. Na semana passada, 42 pacientes encaminhados pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) foram atendidos.

ENCONTRO

No dia 2 de agosto, os prefeitos da região devem se reunir, pela manhã, com a gestão do Hospital Regional, no prédio do complexo de saúde. A ideia é que a administração do complexo apresente uma prestação de contas do primeiro mês de funcionamento do Ambulatório Especializado em Doenças Crônicas. Na oportunidade, os prefeitos também devem relatar os principais problemas e dificuldades enfrentados pelos municípios

SERVIÇOS QUE SERÃO OFERECIDOS FUTURAMENTE

Ambulatório de Reabilitação (2º ambulatório) - Especializado em traumatologia, ortopedia e neurologia. Previsão inicial era entrar em funcionamento entre 60 e 90 dias após a abertura do primeiro ambulatório, mas essa previsão foi alterada
Agora, o novo prazo para abertura do 2º ambulatório é julho de 2019, daqui a um ano. O local deve ser aberto simultaneamente a um terceiro espaço, projetado para oferecer cuidados prolongados e viabilizar a recuperação clínica e funcional de pacientes afetados por sequelas ou traumas
Esse terceiro espaço permitirá as primeiras internações no Hospital Regional, com leitos de longa permanência, que também devem ser implementados no prazo de um ano
A nova previsão aponta que o Hospital Regional deverá estar funcionando a pleno, com cerca de 230 leitos, somente daqui a dois anos

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